Este livro aprofunda as pesquisas de Marco Schneider, desdobrando a dimensão política da desinformação como condensação das narrativas que fusionam: a cultura de massas fetichista do capital, a desintegração dos elos societários pelo narcisismo na pós-modernidade e toda sorte de naturalização de pulsões mórbidas, que conjuram figuras fantasmáticas e promovem o retrocesso moral e ético da crise da verdade. A ruptura entre intenção e gesto de que fala o poeta se manifesta na sequência cibernantrópica que atualiza o imperialismo na chave das paixões abjetas do genocídio e da guerra.
No capitaloceno o abismo se abre na força das mensagens que promovem o desnudamento da lógica da força do saque, do racismo e do medo, que se afirmam com a falta de garantias de direitos. O planeta arde e adoecemos com os desastres que se sucedem.
A ideologia dominante na era das big techs desiste de operar pelo velamento. A razão cínica se converte na desrazão aberta.