Sinopse
Esta obra, pioneira em seu campo, aborda a trajetória da literatura da Nova Guiné, detectando o papel que seus escritores assumem na definição ou redefinição da nacionalidade. Traz exemplos de como os escritores guineenses contemporâneos procedem à recuperação da história, narrando a nação a partir dos destroços de uma utopia em ruínas, promovendo auto-estima e respeito. Mostra a luta desses autores contra a anulação cultural do acervo simbólico tradicional e a homogeneização redutora das diferenças que constituem a especifificidade guineense, apontando pistas para a revivência do espírito identitário da comunidade nacional. Aponta como essas vozes testemunhais se elevam para reabilitar a história dos vencidos, plasmando a representação simbólica de uma comunidade de destino, de história e de cultura. SOBRE A AUTORA Moema Parente Augel é mestre em Ciências Humanas pela UFBA e doutora em Literaturas Africanas pela Faculdade de Letras da Universidade UFRJ. Radicada na Alemanha, é professora de Português e Cultura Brasileira e se dedica há décadas à literatura afro-brasileira e à literatura guineense. Viveu na Guiné Bissau entre 1992 e 1998.