Marília Süssekind assinava seus poemas com o pseudônimo de Eólida, que relacionava com a força dos ventos e a liberdade.
Marília temia o que os outros pudessem pensar sobre ela. Eólida, não.
Marília não se permitia ser livre como o vento. Eólida, sim.
Sua poesia atravessa este conflito interno entre o desejo de viver de acordo com sua alma de poeta, livre e plena, e a sua própria não permissão a tais anseios, para adequar-se ao padrão comportamental da época (anos 50) e da sociedade a que pertencia.
Uma rotina onde sempre coexistiram o arrebatamento pela beleza e a poesia da vida com o peso das renúncias e dos sonhos silenciados. E o barulho interno que isso faz. A implosão!
‘‘... busco-me em vão: não ouso me assumir. “
Outra época. Outra realidade.
Marília faleceu no dia 8 de março de 2005, precisamente no Dia Internacional das Mulheres. Ela não quis se expor, mas quis deixar para mim, sua neta, todos os seus poemas e a decisão do que fazer com eles.
Decidi publicá-los para, finalmente, dar voz a ela.
Claudia Süssekind
Formato: 16x23cm
Páginas: 150
Isbn: 9786559370436